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Vigilância massiva, roubo de dados e senhas, uso indevido de informações confidenciais... Parece que hoje em dia há muito com o que se preocupar, principalmente quando se trata da privacidade online. Normalmente, tudo que os usuários querem é navegar pela web e aproveitar os serviços e informações sem correr o risco de bater de frente com um malware e outros problemas, não é mesmo?

No entanto, quando você começa a ler sobre as coisas que acontecem de forma online, consequentemente, seus medos crescem ainda mais. Há dois anos atrás, apareceu uma página que transmitia imagens ao vivo de até 70.000 câmaras conectadas à Internet, aproveitando algumas senhas de fábrica não haviam sido trocadas por seus usuários. Nesse momento, imagens de escola, restaurantes, empresas, assim como de milhares de casas particulares, estavam disponíveis de forma online para quem quisesse assistir.

Desde então, o número de câmeras que transmitiam imagens por meio desse site se reduziu significativamente e a atual lista já não inclui residências particulares. No entanto, esse incidente demonstrou o quão vulneráveis podem chegar a ser os dispositivos conectados à Internet quando não possuem a proteção e os cuidados necessários.

Além disso, também houve um caso em que um homem espionava suas vítimas (12 horas por dia) por meio da webcam, usando a ferramenta de Acceso Remoto Blackshades para acessar aos dispositivos.

Mais vídeo, mais vulnerabilidade

Atualmente, os vídeos são um meio predominante na Internet. As câmaras web agora já estão vindo integradas praticamente em todos os equipamentos portáteis, telefones inteligentes e novos tablets que são vendidos. No entanto, apesar das novas possibilidades oferecidas para as comunicações à distância, também surgiram muitos casos famosos de uso indevido, onde cibercriminosos gravavam às vítimas em seus momentos mais íntimos para, em seguida, extorqui-las.

Além disso, hoje em dia há mais tipos de dispositivos conectados à Internet que demonstram ser vulneráveis a ciberataques, como os roteadores. Os tipos de ataques são bem variados: desde de “simplesmente” sequestrar a internet banda larga da pessoa que paga pelo serviço até mesmo transformar os dispositivos infectados em bots maliciosos ou, pior ainda, aproveitar possíveis vulnerabilidades dos dispositivos com o intuito de realizar ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) em outros destinos online.

Francamente, se não há uma proteção adequada ou, pelo menos, um mínimo de esforço por parte dos usuários (como trocar a senha de fábrica do roteador), qualquer dispositivo pode terminar na mira dos cibercriminosos. O uso de uma solução de segurança confiável não só evita que o malware utilize indevidamente o dispositivo, como também pode ajudar no reconhecimento de pontos fracos para que possam ser corrigidos.

Soluções de segurança

Então, o que devo proteger? Para começar, cubra sua webcam com uma fita até que esteja devidamente protegido por um software de segurança. Basta olhar o que fez o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, ou o diretor do FBI James Comey: ambos usam essa técnica.

Você já pensou alguma vez sobre a segurança do roteador? Muitos usuários simplesmente conectam o dispositivo e, em seguida, se esquecem dele... no entanto, pelo menos uma coisa não pode ser esquecida: alterar a senha de fábrica predeterminada que protege o roteador. Para os atacantes, é muito simples descobrir os nomes e as senhas predeterminadas para quase todas as marcas e tipos de roteadores. E com as ferramentas disponíveis online como Shodan, que permitem aos cibercriminosos buscarem os dispositivos conectados à Internet, é imprescindível colocar algum tipo de proteção para impedir o acesso de agentes maliciosos.